Família e advogados visitam militares presos sob acusação de golpe

23 de Dezembro, 2024

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Os militares acusados de participação em tentativa de golpe seguem recebendo visitas regulares de familiares e advogados no Batalhão de Polícia do Exército (BPE), em Brasília.

Os três militares, pertencentes ao grupo de elite do Exército conhecido como “kids pretos”, foram transferidos para o BPE no início de dezembro e permanecem sob custódia.

O general Mario Fernandes chegou à unidade no dia 5 de dezembro, acompanhado do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo. O tenente-coronel Hélio Ferreira Lima foi transferido no dia 8.

Entre 6 e 19 de dezembro, Mario Fernandes recebeu seus advogados 11 vezes, além de visitas regulares da esposa, filhos, irmãos e mãe, conforme o Comando Militar do Planalto.

Já o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima teve encontros com seus advogados cinco vezes no mesmo período, sendo visitado também por seus três filhos e esposa em diversas ocasiões.

Rodrigo Bezerra Azevedo, por sua vez, recebeu seu advogado apenas uma vez, no dia 10 de dezembro, enquanto sua família alternava visitas entre os dias 7 e 17.

Rotina dos presos no BPE
Conforme as Normas Administrativas para Prisão Especial, os militares presos têm direito a banho de sol, preferencialmente entre 10h e 12h, e quatro refeições diárias.

As visitas são realizadas em dias específicos, como terça, quinta e domingo, podendo ser alteradas pelo comando do batalhão em situações excepcionais.

Visitas íntimas são proibidas, assim como o uso de roupas consideradas inadequadas.

As acusações
O general Mario Fernandes teria supostamente liderado o planejamento da operação clandestina “Punhal Verde e Amarelo”, que visava atentar contra líderes políticos e autoridades do governo.

De acordo com a Polícia Federal, Fernandes teria agido como elo entre os manifestantes e figuras do governo Bolsonaro, coordenando atos para desestabilizar o Estado Democrático de Direito.

Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima também são acusados de planejar ações antidemocráticas em dezembro de 2022, incluindo a tentativa de eliminar altas autoridades do governo.

A PF indiciou 40 pessoas por crimes como golpe de Estado e organização criminosa, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Braga Netto.

Conclusão
A prisão de militares sob acusações controversas expõe uma clara tentativa de criminalizar figuras associadas ao conservadorismo e à oposição ao atual governo.

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