O Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) investigam Davi Alcolumbre por supostamente utilizar uma aeronave particular vinculada à empresa Saúde Link.
Empresa Saúde Link e programa Mais Visão
Essa companhia administrou o programa Mais Visão, suspenso após denúncias de irregularidades e um surto de endoftalmite que afetou 104 pacientes, indicando falhas graves no atendimento oftalmológico.
Contratos e repasses ao Amapá
A Saúde Link mantém acordos milionários com o governo estadual. Em 2021, recebeu R$ 15,4 milhões via ONG intermediária para complementar serviços de saúde, segundo documentos obtidos pela imprensa.
Emendas de Alcolumbre impulsionam empresa
O senador destinou R$ 15 milhões em dois anos para a Secretaria de Saúde, que contratou a Saúde Link, aumentando suspeitas de favorecimento político e uso indevido de recursos públicos.
Investigação eleitoral em curso
O TRE-AP, desde 2022, apura se Alcolumbre usou o jatinho da Saúde Link em campanha eleitoral. O MPF também investiga supostos atos de improbidade no programa Mais Visão.
Jatinho pousa em fazenda familiar
Políticos afirmam que o senador aterrissa em fazenda da família, na zona rural de Macapá. A Força Aérea Brasileira registrou voos suspeitos em agosto de 2022, reforçando acusações.
Apreensão por contrabando
Um mês antes, a PF reteve aeronave da Saúde Link na fronteira com o Paraguai, encontrando R$ 30 mil, contrabando e dois passageiros, resultando em multa e liberação posterior.
Implicações para o mandato
As suspeitas de uso eleitoral das aeronaves podem resultar na cassação de Alcolumbre. Documentos da FAB mostram rotas que coincidiriam com compromissos políticos, sugerindo vantagem indevida na campanha de 2022.
Falta de resposta das partes envolvidas
A CNN contatou a Saúde Link e o governo do Amapá, mas não obteve retorno. A assessoria de Alcolumbre também permaneceu em silêncio diante dos questionamentos sobre o caso.
Movimentações financeiras em destaque
Ainda segundo apurações, a Saúde Link teria recebido repasses vultosos em intervalos curtos, fomentando suspeitas de direcionamento de verbas. Esse cenário reforça dúvidas sobre a lisura desses contratos.
Papel do governo estadual
O governo do Amapá precisa esclarecer as razões de contratar intermediários para ações de saúde. A transparência nos editais e nos processos licitatórios ajuda a evitar fraudes e desvios.
Conclusão
O governo deve reforçar transparência na destinação de emendas e na fiscalização de contratos. Falhas nesses mecanismos geram desconfiança e comprometem o bom uso de recursos públicos.