PGR se posiciona contra pedido de revogação da prisão de Braga Netto

21 de Dezembro, 2024

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Justificativa da prisão
A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se contrária ao pedido de revogação da prisão preventiva do general Walter Braga Netto, preso desde 14 de janeiro. A medida foi decretada no contexto das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe após a eleição presidencial de 2022.

Acusações contra Braga Netto
Braga Netto é acusado de obstrução de Justiça por supostamente buscar informações privilegiadas sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Argumentos da PGR
Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, não há novos fatos que justifiquem a revogação da prisão preventiva. A medida é considerada essencial para evitar interferências no andamento das investigações.

Decisão do STF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou o papel de liderança de Braga Netto em possíveis planos golpistas, o que teria fundamentado a decretação da prisão. A PGR endossou a decisão, alegando que a liberdade do general poderia comprometer a ordem pública e prejudicar as apurações.

Depoimento de Mauro Cid
Em depoimento dado em fevereiro, Mauro Cid revelou que Braga Netto teria utilizado intermediários, incluindo o general Mauro Lourena Cid, para obter informações sobre a colaboração premiada do militar.

Defesa de Braga Netto
Os advogados de Braga Netto negam as acusações e afirmam que não houve qualquer tentativa de obstrução. A defesa declarou que se posicionará oficialmente nos autos após ter pleno acesso aos documentos do caso.

Histórico político
Braga Netto foi ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo Bolsonaro e, em 2022, integrou a chapa como vice na tentativa de reeleição do ex-presidente.

Conclusão
Embora a prisão preventiva seja um instrumento legítimo, o uso frequente da medida em casos de grande repercussão exige reflexão sobre possíveis excessos.

É fundamental que o governo garanta a imparcialidade nas investigações e que prisões preventivas sejam aplicadas de maneira criteriosa, preservando o equilíbrio entre justiça e direitos individuais.

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