Mais um problema absolutamente indigesto surge nos bastidores da Rede Globo. Desta vez, vem de um funcionário que dedicou 24 anos de sua vida para a empresa.
Alberto Alves dos Santos, ex-cinegrafista do programa Fantástico.
Ele inicialmente acusa a emissora de colocá-lo em risco durante coberturas jornalísticas consideradas perigosas.
Na sequência ele faz uma acusação mais grave: omissão de socorro.
Segundo o profissional, certa feita ele foi ferido por manifestantes que xingaram a emissora e não recebeu nenhum amparo da empresa.
O cinegrafista vai ainda mais longe. Ele relata ter sofrido danos morais durante toda a sua relação trabalhista com a emissora, em razão dos frequentes casos de agressões e roubos a equipes de reportagem.
Por derradeiro, na ação trabalhista proposta, Alberto Alves dos Santos alega escalas de trabalho exaustivas, com alterações horárias feitas sem aviso prévio.
Ele pede R$ 1,5 milhão de indenização por danos morais, além de correção de salários e horas extras não pagas.
Alberto pontuou que a “má relação” da Globo com seus telespectadores o prejudicou como funcionário. Ele citou como exemplo a decisão da emissora de chamar os atos de manifestantes pró-Bolsonaro de “antidemocráticos” na televisão aberta.
Santos descreveu que as coberturas externas se tornaram cada vez mais perigosas após o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016, e nas eleições presidenciais que elegeram Jair Bolsonaro. O ex-funcionário opinou que o posicionamento “contrário a Bolsonaro” desagradou a parte dos telespectadores e contribuiu para que o ambiente de trabalho externo se tornasse tóxico.