O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) respondeu, nesta quarta-feira (19), às denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado no 8 de janeiro de 2023.
Bolsonaro classificou a denúncia como parte de uma estratégia usada por regimes autoritários para fabricar inimigos internos e justificar perseguições políticas, censura e prisões arbitrárias.
“O truque de acusar líderes da oposição democrática de tramar golpes não é algo novo: todo regime autoritário, em sua ânsia pelo poder, precisa fabricar inimigos internos para justificar perseguições, censuras e prisões arbitrárias”, declarou Bolsonaro.
Bolsonaro compara situação do Brasil a regimes autoritários
Segundo a PGR, desde junho de 2021, Bolsonaro e outras 33 pessoas teriam formado uma “organização criminosa armada” com o objetivo de dar um golpe.
O ex-presidente rebateu e comparou o caso com situações na Venezuela, Nicarágua, Cuba e Bolívia, onde governos de esquerda usaram acusações contra opositores para se manter no poder.
“É assim na Venezuela, onde Chávez e Maduro acusavam oposicionistas de golpistas. É assim na Nicarágua, em Cuba e na Bolívia”, afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro também afirmou que a “cartilha” desses regimes é conhecida, destacando que o governo atual cria acusações vagas e usa o discurso da defesa da democracia para perseguir opositores.
“Fabricam acusações vagas, se dizem preocupados com a democracia ou com a soberania, e perseguem opositores, silenciam vozes dissidentes e concentram poder”, escreveu o ex-presidente. “O mundo está atento”, diz Bolsonaro
Na nota, Bolsonaro alertou que a situação política no Brasil já está sendo observada internacionalmente e prometeu continuar denunciando o que chama de perseguição política.
O mundo está atento ao que se passa no Brasil. O truque de acusar líderes da oposição democrática de tramar golpes não é algo novo: todo regime autoritário, em sua ânsia pelo poder, precisa fabricar inimigos internos para justificar perseguições, censuras e prisões arbitrárias. – É assim na Venezuela, onde Chávez e Maduro acusavam oposicionistas de golpistas. É assim na Nicarágua, em Cuba e na Bolívia. É assim em todo o mundo. A cartilha é conhecida: fabricam acusações vagas, se dizem preocupados com a democracia ou com a soberania, e perseguem opositores, silenciam vozes dissidentes e concentram poder. – O mundo está atento e seguiremos fazendo nossa parte para que todos se saibam o que se passa hoje no Brasil. A liberdade irá triunfar mais uma vez!
A declaração ocorre em meio à repercussão da denúncia apresentada pela PGR, que acusa Bolsonaro e seus aliados de planejarem um golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).