O Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) anunciou uma ousada estratégia para reposicionar sua marca política: a legenda pretende adotar o nome “Brasileiro” antes das eleições gerais de 2026. A decisão foi confirmada pela assessoria de Pablo Marçal, pré-candidato do partido à Presidência, e reafirmada por Leonardo Avalanche, presidente nacional do PRTB.
Mudança depende do aval do TSE
Apesar da clareza na intenção, o PRTB ainda enfrenta barreiras impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O partido aguarda o término do recesso do Judiciário para protocolar oficialmente o pedido, que seguirá as normas rígidas da resolução nº 23.571 do TSE. O processo exige documentação detalhada, incluindo a ata da reunião que deliberou sobre a mudança.
O TSE analisará se a nova nomenclatura pode gerar confusão com outros partidos, uma exigência frequentemente criticada como uma forma de restringir a liberdade de organização das legendas.
Histórico de mudanças partidárias
Desde a vigência da atual legislação, 19 partidos conseguiram alterar seus nomes ou siglas, como o exemplo recente do Partido da Mobilização Nacional (PMN), que se tornou Mobilização Nacional (Mobiliza) em 2023. No entanto, a Justiça Eleitoral tem histórico de barrar propostas que considera polêmicas.
Em 2022, o TSE negou ao Partido da Mulher Brasileira (PMB) a mudança de nome para “Brasil”, alegando que a alteração poderia confundir os eleitores. Essa decisão levantou questionamentos sobre a suposta imparcialidade do tribunal, que frequentemente age com rigor excessivo contra iniciativas que fogem à cartilha política tradicional.
Conclusão
O eleitor brasileiro continua esperando que o Judiciário demonstre a mesma determinação para garantir a transparência e a soberania popular em outros âmbitos da política nacional. A batalha do PRTB pelo novo nome é apenas mais um capítulo na luta por um sistema político mais representativo e menos burocrático.
