Lula volta ao planalto após quase um mês afastado

5 de Janeiro, 2025

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Após quase um mês afastado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira (6), marcando o início de uma agenda que prioriza eventos simbólicos enquanto o país enfrenta desafios reais. Desde 9 de dezembro, quando sentiu dores na cabeça durante uma reunião com líderes do Congresso, Lula esteve ausente, focando em sua recuperação e mantendo compromissos restritos.

No dia 10 de dezembro, o presidente foi levado a São Paulo para uma cirurgia emergencial devido a um hematoma na cabeça. Desde então, segue recomendações médicas para evitar deslocamentos e atividades físicas intensas. Embora sua saúde seja importante, a ausência prolongada levanta questionamentos sobre a capacidade de liderança em momentos críticos.

Agenda Marcada por Simbolismo

Nesta quarta-feira (8), Lula participará de um evento que marca os dois anos dos atos de 8 de janeiro. A cerimônia, organizada pelo PT, incluirá a entrega de obras de arte restauradas, como o relógio do século XVII e o quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti. Após isso, Lula descerá a rampa do Planalto em uma encenação chamada de “Abraço da Democracia”, claramente orquestrada para reforçar a narrativa petista sobre os eventos daquele dia.

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, utilizou as redes sociais para mais uma vez alimentar o discurso de vitimização, afirmando que “esquecer jamais” os atos de 2023 é essencial. Enquanto isso, questões urgentes como inflação, desemprego e insegurança continuam a ser ignoradas pelo governo.

Prioridades Questionáveis

Desde sua alta hospitalar, Lula tem dividido seu tempo entre o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto. Durante as festas de fim de ano, optou por descansar na Granja, aparecendo em vídeos ao lado de animais, compartilhados pela primeira-dama, Janja. Na última sexta-feira (3), o presidente realizou reuniões com o ministro da Defesa, José Múcio, e outros auxiliares, mantendo um ritmo leve, longe dos problemas reais que afligem o país.

Conclusão

Enquanto Lula retorna ao Planalto, sua agenda segue marcada por eventos de caráter simbólico e ações que fortalecem a narrativa política de sua base. O Brasil, no entanto, continua enfrentando dificuldades práticas que demandam liderança e decisões concretas, não espetáculos políticos. A prioridade do governo deveria ser solucionar os problemas do cidadão comum, mas parece claro que o foco está em fortalecer o partido, não o país.

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