O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) usou suas redes sociais neste sábado (4/1) para criticar o ato simbólico que o governo Lula pretende realizar em memória aos eventos de 8 de janeiro de 2023.
O evento, promovido pelo Palácio do Planalto, vem sendo amplamente divulgado, enquanto a militância petista organiza manifestações paralelas.
Mourão aponta incoerências
Classificando o ato como uma “exaltação ao nada”, Mourão questionou a narrativa do governo sobre o episódio. Segundo ele, em momento algum houve risco real às autoridades ou aos comandos militares.
“Jamais os comandos militares cogitaram tal intento e nunca as autoridades da República estiveram ameaçadas”, afirmou o senador, que também criticou a forma como o governo tenta explorar politicamente os acontecimentos.
Mourão também responsabilizou o governo Lula por não ter agido para impedir as depredações nas sedes dos Três Poderes.
“O governo foi incompetente e não conseguiu impedir badernas e invasões de vândalos sem nenhum potencial ofensivo real”, destacou o ex-vice-presidente, reafirmando sua visão de que os protestos foram mal geridos pelas autoridades.
Ato simbólico no Planalto
O evento do próximo dia 8 de janeiro inclui a entrega de obras de arte restauradas, como o relógio histórico trazido ao Brasil por dom João VI e a pintura “As mulatas”, de Di Cavalcanti.
A obra, avaliada em R$ 8 milhões, é tratada como símbolo do Salão Nobre do Planalto e foi danificada durante as manifestações. A cerimônia será encerrada com o chamado “Abraço da Democracia”, encenado por Lula e autoridades na Praça dos Três Poderes.
Conclusão
As críticas de Mourão destacam a tentativa do governo Lula de transformar os eventos de 8 de janeiro em um espetáculo político para reforçar sua narrativa, enquanto questões mais relevantes, como a crise econômica e a insatisfação social, permanecem sem solução.
Para muitos, o ato reflete um desvio de foco e uma tentativa de manter a militância ativa às custas de uma visão unilateral dos acontecimentos.