O governo de Luiz Inácio Lula da Silva chega à metade do mandato marcado por perca na popularidade e embates políticos. Com índices de aprovação baixo, o presidente enfrenta um cenário de polarização, reformas ministeriais e desafios econômicos.
A sombra de Bolsonaro nos discursos petistas
O PT continua mencionando Jair Bolsonaro em suas narrativas e isso não tem ajudado. O cientista político Tiago Valenciano critica essa postura, ressaltando que o partido foca mais na oposição ao ex-presidente do que em suas próprias realizações. Essa estratégia, segundo ele, impede o governo de consolidar uma identidade independente.
Aprovação e rejeição em números
Pesquisas da Quaest mostram que a aprovação de Lula caiu de um pico de 60% em agosto de 2023 para 52% em dezembro de 2024, com rejeição subindo para 47%.
Fragilidade política do PT
As eleições municipais de 2024 expuseram a fragilidade do PT fora da figura de Lula. Com apenas uma capital conquistada, o partido enfrenta dificuldades em criar novas lideranças, evidenciadas pela ausência de substitutos naturais para a eleição presidencial de 2026.
Reforma ministerial e articulações políticas
Uma reforma ministerial está prevista para acomodar aliados e garantir apoio político. Nomes como Arthur Lira e Rodrigo Pacheco são cotados para ministérios estratégicos. As negociações refletem a tentativa de Lula em equilibrar interesses divergentes no Congresso, mas também levantam dúvidas sobre concessões políticas.
Política externa e segurança pública
Enquanto a política externa parece ser um ponto positivo, com avanços no G20 e acordos internacionais, a segurança pública continua sendo um desafio. Governadores de oposição criticam medidas federais, como a PEC da Segurança, alegando que favorecem criminosos. O ministro Ricardo Lewandowski enfrenta dificuldades em dialogar com estados fora da base petista, aprofundando a tensão política.
Conclusão
A incapacidade de lidar com a polarização prejudicam a estabilidade e a eficiência administrativa, deixando o país à mercê de discursos divisionistas e estratégias pouco coesas. Lula jamais esteve tão fraco politicamente como está agora.