O Exército Brasileiro respondeu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (26), negando qualquer irregularidade nas visitas realizadas aos militares detidos no inquérito que apura um plano golpista. A manifestação foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, após prazo de 48 horas estipulado para esclarecimentos.
Resposta detalhada do Exército
Segundo documentos assinados pelo Comando Militar do Leste e a 1ª Divisão de Exército, as visitas aos detidos ocorreram em conformidade com as regras estabelecidas. O general Mário Fernandes, enquanto preso no Comando da Primeira Divisão do Exército, recebeu visitas familiares apenas após autorização judicial, em cinco datas específicas, entre novembro e dezembro.
A Força também informou que o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo recebeu exclusivamente visitas de seu advogado. Já o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima foi visitado apenas por sua esposa, a coronel Carla Lobo, que obteve autorização para visitas diárias de forma extraordinária, por estar temporariamente no Rio de Janeiro.
Esclarecimentos sobre transferências
Os três militares mencionados — Mário Fernandes, Rodrigo Bezerra e Hélio Ferreira — foram transferidos para Brasília no início de dezembro. O Comando Militar do Planalto ainda não detalhou as visitas recebidas pelos detidos após a transferência, mas uma resposta é esperada para esta sexta-feira (27).
Acusações e contexto
Os militares investigados estão entre as 40 pessoas indiciadas por envolvimento em um suposto plano golpista, que incluía tentativas de assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Além disso, são acusados de crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto também estão entre os investigados.
Conclusão
A resposta do Exército busca reforçar a legalidade de suas ações, mas o caso continua a gerar grande repercussão devido à gravidade das acusações. A transparência total será essencial para esclarecer os fatos e assegurar a integridade do processo.