De acordo com o relatório, generais que não apoiaram o suposto golpe foram alvo de ataques nas redes sociais
A Polícia Federal encontrou mensagens em que militares bolsonaristas acusam o ministro do STF Alexandre de Moraes de ter um general como informante . O nome citado é o do general Valério Stumpf Trindade, ex-comandante do Sul. Nas conversas, ele é chamado de “leva e traz” e ligado a um apelido dado ao ministro: “ovo”.
As mensagens estavam no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Um dos participantes do grupo, identificado como “Riva”, afirma que ficou surpreso ao saber que o ex-vice-presidente Hamilton Mourão teria negociado com outros generais para tirar Bolsonaro do poder. Ele também menciona um documento que teria sido rasgado, possível referência ao chamado “Decreto de Golpe de Estado”.
Ataques a generais contrários ao golpe
De acordo com o relatório, generais que não apoiaram o suposto golpe foram alvo de ataques nas redes sociais. Entre eles estão Valério Stumpf e outros oficiais como Richard Nunes e Tomás Paiva, atual chefe das Forças Armadas. A Polícia Federal aponta que esses militares enfrentaram uma campanha organizada justamente por se posicionarem contra qualquer ação golpista.
O general Valério Stumpf, ex-secretário do GSI, segue sendo foco dos ataques por sua postura. A investigação continua analisando a participação de outros oficiais.
No final, o nome do general Valério Stumpf Trindade é repetido como peça-chave nas conversas interceptadas pela Polícia Federal.