Quem realmente decide as eleições é o povo ou o STF? Voto impresso é a solução?

29 de Novembro, 2024

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Procurador expõe papel do STF nas eleições

O procurador Felipe Gimenez, do Mato Grosso do Sul, gerou alvoroço na audiência pública da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na última quinta-feira (28). Ele afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem o controle direto sobre as eleições no Brasil, sendo os ministros os verdadeiros responsáveis pela “vontade majoritária” nas urnas.

“São os ministros do STF quem decidem a eleição. Se fazem por bem ou por mal, não posso provar”, declarou Gimenez, ecoando o clamor de patriotas que exigem maior transparência no processo eleitoral.

O Voto Impresso: Um passo em direção à transparência

A audiência focou no PL 1169/2015, que busca implementar o voto impresso auditável como forma de restaurar a confiança no sistema eleitoral. Segundo apoiadores do projeto, o modelo atual, totalmente digital, afasta o eleitor do processo e deixa dúvidas quanto à integridade dos resultados.

O ministro Kassio Nunes Marques, futuro presidente do TSE, também marcou presença na sessão. Apesar de sua breve participação, Nunes Marques destacou que o debate sobre o voto impresso cabe exclusivamente ao Congresso Nacional. Ele defendeu o sistema eletrônico, mas evitou emitir opiniões sobre mudanças.

Judiciário e Legislativo: A relação tensa

O desembargador aposentado Sebastião Coelho aproveitou a oportunidade para criticar a postura do Judiciário. Segundo ele, o STF e o TSE frequentemente ignoram convites do Legislativo para discutir temas fundamentais, como o sistema eletrônico de votação. Coelho apontou que essa falta de diálogo reforça uma percepção de isolamento e desinteresse pela soberania popular.

Por que o voto impresso é essencial?

A luta pelo voto impresso não é apenas um detalhe técnico, mas uma questão de soberania nacional. Um sistema eleitoral transparente, auditável e que envolva o eleitor em todas as etapas do processo é vital para a democracia. Enquanto o Brasil continuar operando com urnas eletrônicas sem auditoria física, a sombra da dúvida pairará sobre cada eleição.

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