Jair Bolsonaro revela o que fará se Moraes negar sua ida à posse de Trump

13 de Novembro, 2024

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu entrevista ao jornal O Globo e soltou o verbo.

Ele afirmou que o Congresso Nacional tem um papel crucial para aprovar um projeto de anistia que possa reverter sua inelegibilidade, abrindo caminho para sua candidatura nas eleições presidenciais de 2026.

Ao ser indagado se “chegou a discutir a possibilidade de estado de sítio”, Bolsonaro destruiu as narrativas com apenas uma pergunta:

“Discutir estado de sítio é algum crime?”

O presidente prosseguiu:

“Não estou assumindo que discuti ou não. Estou questionando. […] Quem autoriza o decreto de estado de sítio é o Congresso. Eu falava para os ministros que estavam ao meu lado:

‘Vão buscar os remédios dentro da Constituição’.

Eu entendo que a Constituição é o remédio para os conflitos institucionais. Agora, falar que eu estava preparando um golpe, pô, pelo amor de Deus. Você não vai [dar um golpe] depois que o TSE anunciou o resultado. Ninguém vai contigo. Quando o chefe do Executivo não é reeleito, 80% dos seus ministros desaparecem. Somente 10% está contigo e outros 10% ficam em cima do muro. Não tem como fazer mais nada. Se convidar para um churrasco, de 23 ministros vão aparecer três, pô. Como vou dar um golpe num clima desse? Que absurdo isso aí.”

O jornal O Globo ainda insistiu:

“Mas qual seria a finalidade de encontrar remédios constitucionais após a sua derrota reconhecida por todas as autoridades e pelo Congresso nas eleições de 2022?”

Bolsonaro detonou:

“Para buscar uma maneira de questionar o processo eleitoral. Será que eu não posso discutir, do primeiro ao último artigo da Constituição, com o ministro civil, com o militar, com o chefe de Força [Armada] e com o secretário? Porque nós fomos impedidos de buscar o TSE. Quando busquei o TSE com uma petição, peguei uma multa de R$ 22 milhões. [Cristiano] Zanin peticionou quantas vezes no Supremo quando era advogado de Lula? Eu vou chutar umas 200 vezes. Foi punido pecuniariamente?”

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