Sacerdote foi alvo de busca e apreensão em fevereiro deste ano
O Padre José Eduardo de Oliveira, da diocese de Osasco, em São Paulo, está sendo investigado pela Polícia Federal (PF), por suspeita de ter sido um dos responsáveis de ter orquestrado o ataque à Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
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O sacerdote foi alvo de busca e apreensão, em fevereiro deste ano, no âmbito do inquérito do 8 de janeiro, de acordo com o jornal Gazeta do Povo. Ele ainda prestou depoimento à Polícia Federal, nesta quinta-feira, 7.
O STF determinou que o padre não poderá manter contato com os demais investigados nem se ausentar do país, devendo entregar seu passaporte dentro de um prazo de 24 horas.
Com mais de 400 mil seguidores só no Instagram, o padre é conhecido no meio católico por seus vídeos sobre a doutrina cristã. O religioso também oferece cursos de iniciação ao seminário, entre outros.
A ação da PF contra o padre aconteceu no dia 8 de fevereiro deste ano e tem como objetivo investigar suspeitos envolvidos no planejamento de golpe de Estado no Brasil, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, militares, assessores e aliados.
Na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o padre é mencionado como parte do núcleo jurídico do suposto esquema golpista.
De acordo com A Gazeta, presentes no inquérito disseram que, no dia 19 de novembro de 2022, o padre José Eduardo participou de uma reunião com Filipe Martins e Amauri Feres Saad no Palácio do Planalto para discutir o suposto plano de golpe.
Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, foi preso nesta quinta no Paraná. Saad, advogado, está sendo identificado como o autor da “minuta golpista” que motivou a operação.
Nas redes sociais, admiradores do padre pediram orações por ele e criticaram a atuação do STF e da polícia. Alguns fieis, seguidores do padre, são contra a investigação e pediram orações.