O Exército brasileiro sofreu um prejuízo de R$ 208 milhões após a mobilização de tropas e equipamentos durante a Operação Roraima, deflagrada em dezembro de 2023. A operação tinha como objetivo reforçar a segurança em Pacaraima, em meio às tensões territoriais entre a Venezuela e a Guiana.
Embora não tenha ocorrido combate, os custos incluíram o preparo e deslocamento de veículos blindados, munições, manutenção de viaturas, alimentação e diárias para o pessoal mobilizado. No entanto, o governo federal ainda não reembolsou o Exército, como geralmente ocorre em operações emergenciais desse tipo.
A falta de reembolso resultou na redução dos estoques de combustível e munição, prejudicando a capacidade operacional da força militar. Além disso, os cortes no orçamento das Forças Armadas, anunciados em agosto de 2023, bloquearam R$ 122 milhões, agravando a situação e afetando o planejamento de futuras aquisições do Exército.
Pacaraima, localizada na fronteira com a Venezuela, já enfrentou tensões devido à crise no país vizinho. A cidade abriga um destacamento militar por conta da Operação Acolhida, que auxilia refugiados venezuelanos, intensificando a necessidade de recursos na região.