Lula é alertado sobre cenário adverso no Senado em 2026; entenda

29 de Setembro, 2024

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alertado por auxiliares e dirigentes de seu partido sobre o cenário desfavorável que a esquerda poderá enfrentar nas eleições legislativas de 2026. A principal preocupação é com a possibilidade de que a direita conquiste a maioria no Senado Federal, como já ocorreu na Câmara dos Deputados em 2022, quando o PL, partido de Jair Bolsonaro, elegeu a maior bancada.

Nas eleições para o Senado, a cada quatro anos, um terço ou dois terços das cadeiras da Casa são renovadas. Em 2026, a mudança será maior, com a eleição de dois terços dos senadores, o que torna a disputa ainda mais estratégica para os partidos.

Caso a direita consiga uma maioria no Senado, isso pode impactar diretamente o poder de decisão do governo federal, uma vez que o Senado tem a função de aprovar ou barrar projetos de lei, além de ser responsável por processos como o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante uma reunião, Lula recebeu um mapa eleitoral elaborado por seus auxiliares, contendo opções de candidaturas que poderiam equilibrar esse cenário. A orientação dada ao presidente é que ele adote uma estratégia eleitoral em que, em cada estado, apoie duas candidaturas ao Senado: uma de esquerda e outra de centro.

A ideia é aumentar as chances de eleger ao menos um aliado em cada unidade federativa, garantindo apoio no Congresso.

Lula também foi aconselhado a fortalecer o relacionamento com partidos do centro político, como o MDB, PSD e União Brasil, que já fazem parte de sua base aliada. Esses partidos têm influência relevante no cenário político brasileiro e, ao apoiar seus candidatos, o presidente pode ampliar sua rede de apoio no Senado.

Segundo a CNN Brasil, o presidente reconheceu as dificuldades desse cenário, mas optou por adiar a análise mais profunda dessas opções eleitorais até que as eleições municipais de 2024 sejam concluídas.

Os partidos de direita, por sua vez, já se articulam para lançar candidatos de peso ao Senado em 2026. O PL, de Bolsonaro, planeja candidaturas como as de Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Michelle Bolsonaro.

Com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro confirmada pela Justiça Eleitoral, a estratégia do partido se concentra em eleger senadores que possam ter influência na Casa Legislativa e, eventualmente, pleitear a presidência do Senado.

O controle do Senado é particularmente estratégico para a direita porque o presidente da Casa tem o poder de autorizar processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal, o que pode aumentar o poder de embate com o STF. Este cenário reflete uma disputa maior entre os três poderes e destaca o papel central do Senado na governabilidade do país.

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