A juíza responsável por decretar a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, a magistrada Andrea Calado da Cruz, é conhecida no meio jurídico por adotar uma postura “linha dura“.
Atuando na 12ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco, a magistrada já havia determinado, em agosto, a prisão da influenciadora Deolane Bezerra, investigada por supostas irregularidades em apostas online.
Além desse caso, a juíza chamou a atenção em outras ocasiões. Um exemplo foi a ordem de prisão preventiva contra o jornalista Ricardo Antunes, acusado de calúnia, injúria e difamação, após publicar uma série de reportagens denunciando um suposto esquema de corrupção relacionado ao São João de Caruaru.
Apesar da ordem, o jornalista conseguiu um habeas corpus, evitando a prisão, e a própria juíza enfrentou uma denúncia de “abuso de autoridade” feita pelo Ministério Público.
Envolvimento em CPI
Outro episódio relevante envolvendo Andrea Calado ocorreu em 2013, quando ela foi convidada a depor em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investigava o tráfico de pessoas.
A juíza foi mencionada em um requerimento do deputado Luiz Couto (PT-PB), que pedia explicações sobre um possível favorecimento a um casal norte-americano na concessão de guarda provisória de uma criança em Olinda.
O caso gerou questionamentos, pois o casal não estava inscrito no Cadastro Nacional de Adoção, conforme exigido pela lei, e foi beneficiado antes de 37 famílias brasileiras que aguardavam na fila.
Embora a convocação para ouvir a magistrada tenha sido aprovada, a sessão na CPI nunca chegou a acontecer, segundo os registros da Câmara dos Deputados.