O ex-presidente Jair Bolsonaro sabe que a queda de sua inelegibilidade tem grandes chances de ocorrer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dentro dos próximos meses. Recentemente, ele afirmou em discurso:
“Temos eleições neste ano, votem com a razão e não com o coração ou emoção. Porque a composição do TSE vai mudar, já mudou, se tivermos uma grande bancada em 2026 pode ter certeza que a gente faz pelo Parlamento, não pela canetada, uma história melhor para todos nós.”
Porém, acaba de surgir uma informação que pode ser devastadora para Bolsonaro.
Em setembro, o mandato do ministro Raul Araújo está previsto para acabar.
Araújo teve a coragem de votar para absolver Bolsonaro tanto no caso da reunião dos embaixadores, quanto na ação sobre o suposto desvirtuamento das comemorações do Bicentenário da Independência como palanque eleitoral.
Nas duas ações, o ex-presidente foi condenado.Além disso, uma das condenações de Jair Bolsonaro à inelegibilidade caiu graças a decisão de Raul Araújo.
Ele entendeu que o ex-presidente foi condenado de forma ilegal, pelo ex-ministro Benedito Gonçalves, antes do fim do processo.
Atualmente, a “ala conservadora” do TSE, é formada pelos ministros André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Isabel Gallotti, além do próprio Araújo.
Agora, com a saída de Raul Araújo, o ministro Antonio Carlos Ferreira – oriundo do Superior Tribunal de Justiça (STJ) — será efetivado como titular, o que vai impactar mais uma vez a correlação de forças do TSE. Ex-diretor jurídico da Caixa, ele foi indicado ao STJ em 2011 pela então presidente Dilma Rousseff.