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Participação de policial-professor em questões para concurso da PM causa polêmica

A anulação de cinco questões do processo seletivo interno para o Curso de Formação de Sargentos (CFS) da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) foi anunciada na tarde de terça-feira, 16 de abril. Conforme informações, o cancelamento ocorreu após a descoberta de que um agente que atua como professor de cursos para concursos esteve envolvido na elaboração do exame.

O Tenente-coronel Fred Hilton Gonçalves da Silva, diretor do Departamento Pessoal da PMSC, confirmou que a decisão afetou todas as questões de Prevenção ao Crime, fundamentada nos princípios de autotutela, legalidade, moralidade e impessoalidade. A medida busca preservar a isonomia entre os candidatos e a integridade do certame.

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Segundo informações, o cancelamento das questões ocorreu após a descoberta de que o Tenente-coronel Alberto Cardoso Cichella, Chefe da Central Regional de Emergência do 6° Comando Regional de Polícia Militar em Criciúma, esteve envolvido na elaboração do exame. A regulamentação do processo seletivo proíbe expressamente a participação de professores de cursos preparatórios na formulação das provas, o que gerou a controvérsia.

Após a realização da prova em 17 de março de 2024, surgiram relatos de que as questões 40, 41, 43, 44 e 45 haviam sido discutidas em um curso preparatório ministrado por Cichella. Este curso foi ofertado por uma empresa de concursos, sediada em Criciúma.

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Embora as aulas tenham sido gravadas em 2023, elas foram comercializadas especificamente para a prova de 2024, levantando suspeitas de que houve favorecimento aos alunos que participaram.

Um dos participantes do concurso, que preferiu não ser identificado, manifestou forte descontentamento com o decorrer do processo seletivo. Ele declarou que, embora não tenha comprado o curso preparatório e tenha se dedicado intensamente aos estudos, sentiu-se prejudicado devido à similaridade entre as perguntas do exame e o conteúdo ministrado por um Tenente-coronel envolvido na organização. 

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O participante revelou que pretende processar o estado, argumentando que a simples anulação das questões controversas não é suficiente para remediar os danos sofridos.

Até o presente momento, o Tenente-coronel Cichella não se manifestou sobre o assunto. A anulação gerou preocupações de possíveis litígios judiciais e recebeu críticas de membros da própria corporação, que responsabilizam o comando-geral pela falha de supervisão no concurso.

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Com informações de Melhores Publicações

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